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domingo, 12 de outubro de 2014

Resenha - Réquiem por um coração de vidro, David Lindsey



  Título: Réquiem por um coração de vidro
   Autor: David Lindsey
   Editora: Rocco
   Páginas: 446
   Ano: 1999
   Onde comprar: Amazon











"No mundo do crime organizado internacional, duas adversárias mortais se unem para destruir um inimigo comum."
Irina, uma assassina de aluguel fria e calculista e Cate, agente secreta do FBI, se conhecem nos subterrâneos das máfias russa, chinesa e italiana às vésperas do fechamento de um grande acordo de cooperação para o monopólio do crime em todo o mundo.

Misteriosamente escravizada por Krupatin, o chefe da máfia russa, Irina só tem um objetivo, matá-lo. Infiltrada no primeiro escalão da máfia russa, Cate só tem uma missão: capturá-lo. Mas, em meio à violenta concorrência entre as máfias, as duas precisarão se unir se quiserem sobreviver.

Irina Ismaylova é uma assassina sexual, atraindo homens e mulheres para sua cama... e para a morte. De São Petersburgo a Paris, ela mata menos pelo dinheiro e mais pelo prazer, embora obedeça cegamente às ordens de um mafioso russo que a mantém sob seu poder. Ansiosa por aproveitar o que lhe resta de uma vida desperdiçada, Irina terá que enfrentar, no entanto, uma última missão...

Cate Cuevas é uma agente especial do escritório texano do FBI. Desolada pela morte do marido - e sua traição - ela se candidatou à tarefa mais perigosa de toda a sua carreira. Para levá-la a cabo, no entanto, ela terá que formar uma aliança secreta e profundamente íntima com uma inimiga: Irina Ismaylova.

Duas mulheres. Uma policial. A outra, uma assassina. Para ambas não há certo, nem errado, muito menos regras. Só uma verdade a ser descoberta... e o terror.

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A leitura de Réquiem por um coração de vidro foi uma grande surpresa. O início pode ser um pouco chatinho, pelo fato da narrativa ser um pouco cansativa, por conter detalhes desnecessários, explicando-os minuciosamente, mas com o desenrolar da história se torna impossível parar a leitura. Entretanto o verdadeiro charme da trama está nas surpresas que ela reserva.


A sinopse do livro distorce a história. Ela cria a expectativa de que veremos duas mulheres fortes, determinadas, lutando juntas por algo, quando na verdade existe apenas uma mulher forte nessa história, Irina, que além de tudo não mata por puro prazer, mas sim por ser refém do mafioso Krupatin, o que nos desperta a curiosidade em saber, o porque dela ser refém.

Ao ver que Irina esta no seu limite, ele promete libertá-la assim que concluir um último serviço, eliminar dois mafiosos, chefões do tráfico de drogas, da China e da Sicília, durante uma reunião de cúpula na cidade de Houston, Texas.

Cate é a agente do FBI designada para infiltrar-se no grupo de Krupatin e conseguir capturá-lo ou matá-lo. E, durante sua missão, ela conhece Irina, uma mulher que se passa por durona, mas na verdade é muito solitária, havia muito tempo que não se sentia à vontade com alguém. Ela vinha vivendo num mundo muito hostil, não havia ninguém em quem ela pudesse confiar, ninguém com quem ela pudesse abrir seu coração. E isso a tornava vulnerável, por causa do isolamento. Existe limite para a solidão, e isso a faz criar um laço com Cate, uma amizade estranha e muito íntima, que levará Cate aos limites da sua moral e integridade. Cate terá que tomar decisões que mudarão a sua vida para sempre.

Com todo esse lado solitário de Irina, o autor acaba fazendo com que passamos a gostar dela, a querer vê-la dar a volta por cima e se livrar de Krupatin, nos faz vê-la não como vilã, mas sim como vítima. Isso é o que nos faz ler o livro até o fim, o poder que Krupatin tem sobre ela, e acabamos despertando a nossa curiosidade em saber se ela consegue se libertar.

Em um parecer geral digo que o livro tem um história interessante, com muitas reviravoltas que acaba cativando e ganhando o leitor aos poucos. Para quem é fã de drama, suspense é um prato cheio. 



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